NOTA
EXPLICATIVA: Na teologia cristã, em
síntese pode-se dizer que khronos,
é o "tempo humano", é medido em anos, dias, horas e suas divisões.
Enquanto o termo kairos, que descreve "o tempo de Deus", não
pode ser medido, pois "para o Senhor um dia é como mil anos e mil anos
como um dia”.
Khronos
perguntou a Kairos o que seria da humanidade após o vigésimo primeiro dia, do
décimo segundo mês, do décimo segundo ano do terceiro milênio. Estava
preocupado, com um nível de ansiedade tão intensa que o impedia de fixar seus
olhos no olhar do seu interlocutor.
Kairos,
com sua serenidade inabalável põe sua mão esquerda sobre o obro direito de
Khronos e solicita-lhe calma. Olha nos seus olhos e, em seguida, inclinou para contemplar
a imensidão do universo e perguntou:
—
Do que tens medo?
—
Da destruição — respondeu.
—
Quem és tu?
—
Sou Khronos, o tempo dos homens.
—
Sabes ao meu respeito?
—
Ora, Tu és Kairos, o tempo da divindade, do inesperado, o imensurável...
—
Então — respondeu Kairos em tom consolador —, sou o tempo do Deus, da
oportunidade, do inusitado... Em meus registros estão o começo, o meio e a
infinidade. Também tenho como atributo a incomensurabilidade. Sou o tempo do
todo; e, sendo o todo também imensidade, sou infinito. Destarte, em todas as
vezes que os humanos tentaram transformar você, Khronos, em eu, Kairos, foram
vencidos pela exaustão e não conseguiram concretizar seus propósitos. Foi o que
aconteceu com os Maias. Queriam o conhecimento da extensão do tempo, mas não
possuíam um dos atributos necessários para tal: a eternidade.
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